Uma das situações que tem estado na ordem do dia prende-se com problemas de poluição vindos do Eco Parque do Relvão, por isso previa-se que houvesse alguma confrontação da população em relação a este caso, mas tirando uma intervenção do eleito do Bloco de Esquerda no período de antes da ordem do dia, com a apresentação de uma moção que foi rejeitada por todas as outras bancadas, nada mais se registou.
No final da reunião O MIRANTE ouviu alguns dos elementos da população presentes que se limitaram a dizer que ali tinham ido por mera curiosidade. “Nunca tínhamos assistido a nenhuma assembleia municipal e viemos ver como se desenrolavam as coisas. Não vamos desiludidos, mas também não sentimos grande entusiasmo”, disse-nos um grupo de quatro pessoas.
No que respeita ao problema do Eco Parque do Relvão ninguém quis falar sobre o assunto em concreto. Uma das pessoas que abordámos limitou-se a dizer que a situação traz mais benefícios do que prejuízos para a freguesia e que a população apenas pede maior e mais eficaz fiscalização."
Texto retirado da edição de 01-03-2012 do seminário regional "O Mirante".
É também verdade, que ao produzirmos os mais variados resíduos temos que garantir o seu destino apropriado. A implementação destas indústrias no Eco-Parque do Relvão veio garantir através da: separação, gestão, valorização, reciclagem e transformação de resíduos, que estes não poderiam ter melhor destino final, no que em matéria de preservação do ambiente se trata.
Ninguém tem dúvidas de que este é com certeza o melhor destino final a dar aos resíduos que produzimos. Mas quem garante que todos estes processos de gestão e transformação de resíduos estão a ser efectuados correctamente? Quem garante que os valores económicos não estão a ser colocados a frente dos valores ambientais e sociais?
A preocupação da população, sobretudo da freguesia da Carregueira (freguesia onde se encontra implementado o Eco - Parque do Relvão) está em cresecendo, o que não é de estranhar devido à falta de informação e divulgação dos processos que por ali estão a ser efectuados. Com as constantes notícias (confirmadas ou não), de descargas poluentes, e contaminação variada, o problema agrava-se.
A água que estas pessoas consomem nas mais variadas situações, o ar que respiram da atmosfera que os rodeia e os solos que um elevado número de habitantes utilizam para cultivar a sua agricultura de subsistência podem estar a ser afectados, sem qualquer controlo nem fiscalização.
Não seria pertinente, desde há muito tempo, a criação de uma comissão de acompanhamento, controlo e fiscalização do panorama ambiental no Eco - Parque do Relvão?
Com certeza que é impossivel realizar todos os processos industriais sem a produção de qualquer resíduo ou contaminante, mas é importante controlar determinados parâmetros para garantir que a saúde pública e o meio ambiente envolvente, não estão a ser prejudicados em demasia, ou seja, que os valores normais (apresentados nos decreto-lei correspondentes) de parâmetros como: a qualidade do ar, a qualidade da água e a preservação de solos não estão a ser ultrapassados no que à produção de resíduos e contaminantes resultantes dos processos efectuados diz respeito.
Para garantir que tudo decorre dentro da normalidade, não seria exagerado a criação de uma equipa, constituída por vários elementos representativos das instituições de cariz ambiental e de saúde pública, nem a realização frequente de análises dos solos, ar e águas de forma a monitorizar continuamente a preservação destes recursos e da saúde da população.
Registam-se já manifestações de preocupação de vários agentes da sociedade. E em temáticas relacionadas com o ambiente, já todos confirmamos que será sempre benéfica uma preservação da situação denominada "normal" do que posteriormente, quando o mal já está feito e a situação em questão é irreversível, então se pensar em soluções e no que deveriamos ter feito e não fizemos.