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Engenharia do Ambiente (Pós-Laboral) Escola Superior Agrária de Santarém - Instituto Politécnico de Santarém

terça-feira, 6 de março de 2012

Poluição causada pelo Eco-Parque do Relvão - Realidade Alarmante, Perigo Calculado ou Falso Alarme?


"Moção sobre Eco Parque do Relvão rejeitada"

Uma das situações que tem estado na ordem do dia prende-se com problemas de poluição vindos do Eco Parque do Relvão, por isso previa-se que houvesse alguma confrontação da população em relação a este caso, mas tirando uma intervenção do eleito do Bloco de Esquerda no período de antes da ordem do dia, com a apresentação de uma moção que foi rejeitada por todas as outras bancadas, nada mais se registou.

No final da reunião O MIRANTE ouviu alguns dos elementos da população presentes que se limitaram a dizer que ali tinham ido por mera curiosidade. “Nunca tínhamos assistido a nenhuma assembleia municipal e viemos ver como se desenrolavam as coisas. Não vamos desiludidos, mas também não sentimos grande entusiasmo”, disse-nos um grupo de quatro pessoas.
No que respeita ao problema do Eco Parque do Relvão ninguém quis falar sobre o assunto em concreto. Uma das pessoas que abordámos limitou-se a dizer que a situação traz mais benefícios do que prejuízos para a freguesia e que a população apenas pede maior e mais eficaz fiscalização."

Texto retirado da edição de 01-03-2012 do seminário regional "O Mirante".



Desde os primeiros rumores da formação deste cluster industrial, que me tornei adepto deste projecto arrojado e extremamente inovador. É sem dúvida alguma, uma corda de "salvação" para um dos concelhos mais envelhecidos e com défice de crescimento de Portugal.

A instalação de todas estas empresas permitiram a criação de centenas de postos de trabalho, que deram garantias aos mais jovens de que continuar na Chamusca era ainda possível, aumentando a taxa de fixação de jovens no concelho e até a fixação de novas pessoas que a implementação destas empresas trouxe consigo.

É também verdade, que ao produzirmos os mais variados resíduos temos que garantir o seu destino apropriado. A implementação destas indústrias no Eco-Parque do Relvão veio garantir através da: separação, gestão, valorização, reciclagem e transformação de resíduos, que estes não poderiam ter melhor destino final, no que em matéria de preservação do ambiente se trata.

Mas que custos (sobretudo na saúde humana), todos estes processos acarretam?

Ninguém tem dúvidas de que este é com certeza o melhor destino final a dar aos resíduos que produzimos. Mas quem garante que todos estes processos de gestão e transformação de resíduos estão a ser efectuados correctamente? Quem garante que os valores económicos não estão a ser colocados a frente dos valores ambientais e sociais?

A preocupação da população, sobretudo da freguesia da Carregueira (freguesia onde se encontra implementado o Eco - Parque do Relvão) está em cresecendo, o que não é de estranhar devido à falta de informação e divulgação dos processos que por ali estão a ser efectuados. Com as constantes notícias (confirmadas ou não), de descargas poluentes, e contaminação variada, o problema agrava-se.

A água que estas pessoas consomem nas mais variadas situações, o ar que respiram da atmosfera que os rodeia e os solos que um elevado número de habitantes utilizam para cultivar a sua agricultura de subsistência podem estar a ser afectados, sem qualquer controlo nem fiscalização.

Não seria pertinente, desde há muito tempo, a criação de uma comissão de acompanhamento, controlo e fiscalização do panorama ambiental no Eco - Parque do Relvão?

Com certeza que é impossivel realizar todos os processos industriais sem a produção de qualquer resíduo ou contaminante, mas é importante controlar determinados parâmetros para garantir que a saúde pública e o meio ambiente envolvente, não estão a ser prejudicados em demasia, ou seja, que os valores normais (apresentados nos decreto-lei correspondentes) de parâmetros como: a qualidade do ar, a qualidade da água e a preservação de solos não estão a ser ultrapassados no que à produção de resíduos e contaminantes resultantes dos processos efectuados diz respeito.

Para garantir que tudo decorre dentro da normalidade, não seria exagerado a criação de uma equipa, constituída por vários elementos representativos das instituições de cariz ambiental e de saúde pública, nem a realização frequente de análises dos solos, ar e águas de forma a monitorizar continuamente a preservação destes recursos e da saúde da população.

Registam-se já manifestações de preocupação de vários agentes da sociedade. E em temáticas relacionadas com o ambiente, já todos confirmamos que será sempre benéfica uma preservação da situação denominada "normal" do que posteriormente, quando o mal já está feito e a situação em questão é irreversível, então se pensar em soluções e no que deveriamos ter feito e não fizemos.

Rui Cruz

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma lição de moral...

Esta é uma lição de vida, um exemplo maior e uma constante em todas as conferências realizadas.
As declarações desta rapariga de apenas 13 anos, silenciaram a plateia da Eco'92 na cidade do Rio de Janeiro actualmente e com a ajuda das redes sociais, a divulgação deste emocionante e motivador discurso tomou repercussões enormes, atingindo o video original cerca de 812 mil visualizações.
É certo que está longe de fenómenos como Lady Gaga ou Justin Bieber, atingindo milhões de visualizações e outras tantas partilhas nas várias redes sociais, talvez porque as crianças de 13 anos não tenham as mesmas prioridades que esta menina canadiana tinha à 19 anos atrás.
A socieadade evoluiu, é um facto, mas na abordagem à alguns temas parece que continuamos a dar importância a coisas simples e superflúas, somos fãs do consumo imediato sem pensar nas consequências futuras.
Estas alterações da nossa cultura são normais e seria preocupante se elas não ocorressem, mas é preocupante também o facto destas alterações nos levarem a grandes problemas sociais e ambientais.
É importante rever o nosso futuro e alterar o presente...

Vejam este video...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Qualar a renascer...

CGD compensa emissão de mais de 4000 toneladas de CO2

2011-08-26

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) compensou a emissão de um total de 4 021 toneladas de CO2 equivalente em 2010, lê-se no 1.º Relatório de Neutralidade Carbónica, publicado agora pela entidade bancária. Trata-se do primeiro relato do género da banca portuguesa, que tem por objectivo definir os termos em que se concretiza o cumprimento da meta Caixa Carbono Zero estabelecida para 2010.

Para o primeiro ano de cumprimento da meta foi assumida a compensação das emissões associadas à frota comercial da CGD, à Culturgest e às publicações. A frota comercial correspondeu a 79 por cento do total das emissões, a Culturgest a 18 por cento e as publicações a três.

Para a compensação das emissões foram utilizados créditos gerados por um projecto tecnológico de substituição de combustível fóssil por biomassa, localizado no Brasil (certificação Voluntary Carbon Standard), complementados por créditos gerados pelo projecto Floresta Caixa Carbono Zero, na Tapada Nacional de Mafra, em Portugal.

O Relatório de Neutralidade Carbónica integra-se no terceiro Relatório de Sustentabilidade da CGD, relativo a 2010. O relatório obteve, através da verificação independente por entidade externa, o nível máximo (A+) de cumprimento das directrizes da Global Reporting Initiative (GRI G3).


Autor / Fonte
LD


De louvar esta atitude por parte da Caixa geral de Depósitos, seria muito mais eficiente se este não fosse dos poucos exemplos em Portugal.
É preciso relembrar que as metas traçadas pelo protocolo de Quioto, estão ainda muito longe de alcançar e a verdade é que não se observa grandes esforços para alcançar essas metas. A Cimeira de Copenhaga veio realçar a importância de se adoptar medidas mais eficientes e ambiciosas de modo a respeitar os limites impostos pelo tratado assinado na cidade japonesa de Kyoto.
Num período em que se ouve cada vez mais falar sobre energias alternativas, não seria pertinente começar a apostar nesse futuro cada vez mais próximo?
Olhemos para as frotas governamentais, todos sabemos que não estamos em época propícia para investimentos, mas não seria muito mais fácil equuipar as frotas governamentais com carros movidos a energias alternativas e "amigas do ambiente"?
Enfim, não será por falta de estudos ou de ofertas que não se adoptam estas medidas.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Qualidade do ar na Escola - Licença para respirar...

A DECO - Proteste examinou o ar de vinte escolas e os resultados foram preocupantes, das vinte escolas examinadas apenas quatro delas passaram na prova.
Os principais problemas são ao nível de microrganismos, dióxido de carbono, partículas e fibras em excesso, este facto deve-se sobretudo a anomalias de ventilação das salas de aulas.
Como revela um estudo desenvolvido pela União Europeia enunciado neste artigo da DECO, o interior dos edificios está tão ou mais poluído do que das grandes cidades, a situação é mais grave se pensarmos que passamos 90% do nosso tempo entre quatro paredes.
Como já demonstrámos numa mensagem antiga os poluentes do ar interior podem provocar problemas de saúde sobretudo ao nível respiratório, como infecções, asma e doenças alérgicas.
As crianças que passam grande parte do seu tempo na escola são mais expostas a estes poluentes, este facto é preocupante pois as crianças são mais sensíveis a estes contaminantes, visto que o seu organismo se está a desenvolver e o seu sistema imunitário é ainda muito imaturo, não conseguindo combater os "intrusos".
A DECO, neste seu artigo, também evidencia um estudo que comprova que o rendimento escolar diminui quando a ventilação das salas é reduzida e a concentração de dióxido de carbono e outros contaminantes, elevada.
Um dos grandes problemas também é a presença de placas de fibrocimento danificado que trazem problemas cancerígenos devido à presença do amianto libertado pelas placas deformadas.
Como este elemento faz parte das placas de fibrocimento penso que poderia haver uma substituição destas placas afim de prevenir a sua libertação.

Para mais informações consultar o artigo integral na revista: "Teste e Saúde" Nº 69 de Outubro/Novembro de 2007.
Rui Cruz

Medição da qualidade do ar na sala de aula (Dióxido de Carbono)

Com de um kit de análises de ar e de algum material de laboratório fornecido pela escola, foi-nos possível analisar um parâmetro da qualidade do ar na nossa sala de aula, o CO2.
Foi através de uma titulação que chegámos ao valor de concentração de CO2 na sala de aula.
Utilizaram-se todos os passos que vinham no manual do kit de análises de ar, primeiro prepararam-se duas soluções, uma de ácido oxálico (H2C2O4) e outra de hidróxido de Bário (Ba(OH)2). De seguida captou-se o ar para dentro de um Erlenmeyer através de um mini compressor, esse Erlenmeyer continha o hidróxido de Bário, depois colocou-se o ácido oxálico na bureta (titulante); Juntaram-se 6/7 gotas de fenolftaleína ao titulado. De imediato fez-se a titulação. Quando a solução mudou de cor acabou a titulação. Por fim verificámos que se tinham gasto 84 mL de ácido oxálico, por aí concluímos que o ar captado tinha 84 mg de CO2. Assim atingimos com êxito o nosso objectivo, que era conseguir medir pelo menos um parâmetro da qualidade ar na nossa sala de aula.



Fontes: "Tecnología y Sistemas Didácticos, S.A. - Equipo de Análisis de Aire" (Espanha)
Autores: José Gumuzzio Fernández. Miguel García Gutiérrez - Departamento de Material Didáctico de ENOSA.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Pequim luta para deixar céu azul nas Olimpíadas...

Apesar dos esforços do governo, a qualidade do ar não melhora na cidade. Atletas e moradores preocupam-se com as consequências da poluição.


Todos os dias, estações de medição da qualidade do ar espalhadas por toda a capital chinesa medem a poluição do ar para determinar se os céus sobre a capital nacional podem ser designados azuis. Não se trata de um capricho: com Pequim a preparar-se para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2008, os índices oficiais de Céu Azul (Blue Sky) são a medida que determina se o céu está limpo ou não. Já se atingiram niveis preocupantes de má qualidade do ar que podiam até provocar nas pessoas o aparecimento de olhos vermelhos.

Os valores preocupantes excedem em muito os níveis de poluição considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde. Em Pequim, autoridades alertaram os residentes para que permanecessem em locais fechados, por mais que os residentes locais estejam acostumados a respirar o ar de péssima qualidade este foi um acontecimento realmente muito grave que necessitou de acções por parte do governo.

Mesmo assim Pequim tem aumentado os dias de céu azul constantemente. A cidade precisa de mais um dia para atingir o objetivo de 245 dias de céu azul este ano. Essa melhoria nos índices é o modo como Pequim espera assegurar ao mundo que os atletas olímpicos não ficarão com falta de ar em Agosto próximo.

Fornalhas de carvão com queima suja foram substituídas, baixando a emissão de poluentes da cidade. Mas a poluição com partículas finas tem sido enaltecida por um surto impressionante de construções que parece que não terminar tão cedo.

Pequim tenta manipular a qualidade do ar. Durante meses, cientistas têm tratado a cidade como se ela fosse um laboratório, testando padrões de vento e estruturas atmosféricas enquanto detectam fontes locais e regionais. Planos de contingências para os Jogos Olímpicos foram aprovados para Pequim e províncias em seu redor. Os detalhes não são públicos, mas as autoridades falaram em fechar fábricas e restringir o tráfico durante os jogos.

Depois dos jogos
Mas as pessoas também sabem que qualquer medida de emergência tem uma duração curta. “Sim, ouvi falar disso”, declarou um engenheiro de uma fábrica que talvez seja fechada temporariamente. Ele recusou identificar-se porque estava a criticar uma política do governo. “É como se você convidasse algumas pessoas a vir a sua casa e escondesse todos os brinquedos das crianças debaixo da cama para fazer com que a casa parecesse mais bonita. Se todas as fábricas poluentes forem fechadas para os Jogos Olímpicos, haverá poluição maciça depois, quando todas elas voltarem a funcionar, certo?”
Autoridades de Pequim afirmam que as Olimpíadas terão efeitos positivos e duradouros para a temática do ambiente na cidade. Autoridades do Comité Olímpico Internacional reconheceram que a qualidade do ar continua a ser um problema, mas dizem que o ar ficaria muito pior sem as melhorias implementadas para os Jogos. “A tendência geral é de melhoria”, afirmou Simon Balderstone, um consultor ambiental da IOC.
Mas espera-se que a poluição continue a ser um grande desafio de longo prazo quando a população de Pequim exceder 20 milhões de pessoas. Cientistas afirmam também que a cidade nunca será capaz de ficar limpa se as províncias industriais que a rodeiam não ficarem limpas também. Em outras palavras, céus azuis continuarão a ser um desafio.

Em Julho de 2001, Pequim conquistou a organização dos Jogos Olímpicos de 2008, uma vitória que tinha um sabor de vingança. Oito anos mais tarde, o Comité Olímpico rejeitou o primeiro pedido por diversos motivos, incluindo o ambiente poluído da cidade. Desta vez, os organizadores prometeram “Olimpíadas Verdes”.

O uso de gás natural aumentou 38 vezes uma vez que as autoridades converteram milhares de aquecedores e fornalhas a carvão poluentes. As fábricas foram fechadas ou mudadas para os subúrbios. Milhões de árvores foram plantadas. “Durante muitos anos, a cidade teve poucas regras ambientais”, declarou Balderstone, o consultor ambientalista da IOC, que tem encontros com as autoridades locais regularmente. “É como se eles estivessem tentando recuperar o tempo perdido com todas essas medidas.”

IOC – Comité Olimpico Internacional

Fotos: New York Times
Noticia retirada e adaptada do site: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL242740-5602,00.html

Esta notícia é deveras preocupante e espelha o quanto se atropela o nosso meio ambiente para se atingirem fins económicos.
Neste caso falamos de Pequim, capital da Républica Popular da China que se tem desenvolvido a um ritmo alucinante, não olhando a consequências para o meio ambiente. Tem havido inúmeros problemas devido ao grande número de indústrias a queimar combustíveis fósseis e a libertar para a atmosfera grandes concentrações de poluentes que afectam a vida social activa das populações; A juntar a este facto temos também a grande densidade populacional de Pequim que também contribui de forma significativa através do uso dos transportes e energia.
Pequim enfrenta agora um grande desafio, o tempo escasseia até ao início dos Jogos Olímpicos e as melhorias em termos ambientais tardam em aparecer, embora já tenham sido tomadas algumas medidas preventivas que apenas vão atenuar a situação aquando da realização das Olímpiadas.
Muita gente duvida da capacidade do governo de Pequim em conseguir atingir o objectivo de receber os Jogos Olímpicos com o céu azul, o que de algum modo preocupa os atletas, pois estes desejam atingir a sua melhor performance. Esta pode ser impossibilitada por esta situação e os atletas podem vir a ter graves problemas de saúde.
Rui Cruz

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Resposta aos recentes comentários efectuados pelos alunos...

Agradecemos aos alunos do oitavo ano os recentes comentários ao nosso blogue, mas achamos muito importante referir que dos vários sites apresentados, futuramente, aquando da elaboração de trabalhos terão que ter mais cuidado com a selecção de sites, pois alguns deles têm muita informação desnecessária.

Dos vários sites apresentados, ainda assim, destacamos os que abordam as seguintes temáticas:

Poluição Hídrica - "Wikipedia"
A água poluída - "clicBuscas"
Poluição Atmosférica - "Wikipedia"

Devemos relembrar que a internet é um importante recurso de informação mas que não devem ser utilizadas cópias integrais de artigos, notícias ou páginas da web, estes sites são apenas umas sugestões, usa-os bem e não os copies!